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Afinal de contas, o Snapchat morreu ou não?

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Afinal de contas, o Snapchat morreu ou não?

Possibilidade de ver a linha do tempo dos seus amigos. Publicações que duram 24 horas. Filtros engraçados e efeitos coloridos. Parece bastante o Stories do Instagram, mas é o Snapchat. A rede social, que até bem pouco tempo atrás ameaçava a soberania do Facebook, passa momentos difíceis. Mas, afinal de contas: o Snapchat morreu?

Neste artigo, falaremos sobre o Snapchat. Sua trajetória, ápice e declínio. E então, o veredicto: se o Snapchat morreu ou não, e se ainda vale a pena tê-lo na estratégia de Marketing Digital.

O início da caminhada

Em 2011, Evan Spiegel e Bobby Murphy criaram na Universidade Staford o aplicativo Picaboo. O Vale do Silício experimentava, naquele momento, o nascimento de uma startup de sucesso.

O Picaboo possuía uma funcionalidade simples: troca de mensagens por imagens. Ainda em 2011, passou a se chamar Snapchat.

Em 2012, o Snapchat deixou de ser exclusividade do iOS. Invadindo o Android, o número de usuários ativos pulou de mil para um milhão. A função de gravação de vídeos nas mensagens surgiu nesta época.

E foi neste momento de mudanças e crescimento que Mark Zuckerberg voltou seus olhos para o Snapchat.

Uma caminhada de sucesso

Em 2013, a função que tornaria o Snapchat mundialmente famoso foi implantada. A possibilidade de fazer publicações com duração de 24h de duração. E, ainda: ver a linha do tempo dos outros usuários.

O pai do Stories nascia no Snapchat. não demorou para o aplicativo alcançar a marca de 50 milhões de usuários ativos.

As mudanças, até então, foram muito boas. Snapchat Lenses, Live Stories, Geofiltros e propagandas. Além disto, as funções Discovery e Memories foram muito bem aceitas.

Em 2016, o Snapchat atingiu a marca de 150 milhões de usuários ativos. Mais do que o Twitter.

Surgem os problemas

Em 2012, Mark Zuckerberg tentou comprar o Snapchat por US$ 3 bilhões. Evan recusou.

De lá para cá, o Facebook fez outras propostas, todas recusadas. Até que a maior rede social da atualidade resolveu “brincar” de Snapchat.

A primeira funcionalidade copiada foi o chat com imagem e vídeo, o Instagram Direct. Depois, o Slingshot, que permitia o compartilhamento de fotos e vídeos. Depois, o Instagram Stories e o Facebook Stories. Por último, o Messenger Day.

E aí começaram os problemas.

Desde seu surgimento, o Instagram Stories mostrou algumas vantagens. Para celulares android, era muito mais leve. Além disto, aproveitava a lista de seguidores do Instagram. E, para as empresas, foi mais atrativo por ser descoberto organicamente.

Outra vantagem do Instagram Stories foi a possibilidade de ver os resultados de alcance e impressões. Com isto, as empresas conseguiam traçar estratégias de Instagram Stories muito melhor que no Snapchat.

Do outro lado do mundo, surgia o Snow. A versão sul-coreana do Snapchat abocanhou uma fatia de 70 milhões de usuários. Além disto, conseguiu permissão para entrar no mercado chinês. O que o Snapchat não tinha.

Foi então que o Snapchat morreu.

A queda financeira

O Snapchat não estava preparado para uma concorrência desse nível.

O crescimento da rede social diminuiu 82% nos primeiros meses pós Instagram Stories. O número de usuários diários foi de 21 para 5 milhões.

No segundo trimestre de 2017, o faturamento da empresa havia sido de US$ 207,9 milhões. Números altos, se o prejuízo no mesmo período não houvesse chegado a 443 milhões de dólares.

O Spectacles, talvez, tenha sido o maior erro do aplicativo. Foram 40 milhões de dólares perdidos com os óculos. A estratégia de integrar um produto combativo com o Hololens e com o Instagram Stories ao mesmo tempo não funcionou.

Nem tudo está perdido

Com as mudanças nos outros aplicativos, o público do Snapchat mudou.

A faixa de 12 a 24 anos deixou de ser predominante. Claro, este ainda é o público cativo nos Estados Unidos. Porém, o que se vê é um aumento de pessoas acima de 25 anos usando a plataforma.

O aplicativo também possui uma boa média de abertura ao dia. Ao menos 18 vezes. E, em cada sessão, são gastos entre 25 e 30 minutos.

A criação de snaps e o uso do chat ainda são as funções mais utilizadas do aplicativo. Os números não mentem: são mais de 400 milhões de snaps por dia.

E então, o Snapchat morreu?

Não. Ainda não.

Porém, é preciso pensar com cuidado no uso do aplicativo na estratégia. Com a mudança de público, a abordagem deve ser pensada em cima disto.

A sua persona está no Snapchat? Faz uso constante da ferramenta? Se sim, então deve ser utilizada.

Afinal, ainda são mais de 200 milhões de usuários. A fama do Snapchat morreu, mas sua funcionalidade não.

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