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eSport: os esportes eletrônicos ganhando cada vez mais espaço

eSport: os esportes eletrônicos ganhando cada vez mais espaço

Não é difícil conhecer quem seja viciado em jogos eletrônicos. Um filho, sobrinho ou amigo próximo que passe horas diante do computador. Dota, LoL, CS: GO, siglas estranhas para games estranhos. É difícil para alguns entender a mecânica dos novos vícios digitais. Assim como também é difícil entender como o eSport cresceu tanto nos últimos anos.

O fato é que o esporte digital já mostrou que possui força. Não é à toa que a previsão é de que movimente quase US$ 1 bi em 2018. Porém entra a questão: como o Marketing Digital trabalha com esta fatia do mercado? Vale a pena explorar o eSport?

Conheça como o mercado tradicional se adaptou à nova mania entre os jovens. Uma modalidade esportiva inteiramente digital – e lucrativa.

  1. O que é o eSport?
  2. Como o Brasil está na jogada?
  3. Marcas que investem em eSports
  4. Marketing Digital e eSports

1. O que são os eSports

Esta modalidade esportiva tem uma característica própria. eSport é toda e qualquer modalidade esportiva que seja feita inteiramente digital. Neste sentido, podemos imaginar competições inteiras com games eletrônicos. A popularidade nos últimos anos só aumenta, assim como os investimentos no setor.

MOBA

A sigla significa Multiplayer Online Battle Arena. É um conceito que une os jogos MMORPG (Massive Multiplayer Online Rolling Player Game) com estratégia. São caracterizados por equipes com um objetivo, dentro de um mapa específico. Cada jogador possui uma função no time. As variedades de personagens e habilidades dão possibilidades diversas ao time.

Exemplos: League of Legends, Heroes of the Storm, Defense of the Ancients.

Jogos esportivos

Jogos eletrônicos de esportes tradicionais já eram tradição nos games. E, aproveitando o boom da tecnologia, não perderam tempo em se adaptar. Games de corridas de carro, futebol, basquete e outros esportes também possuem seu espaço no eSport.

Exemplos: F1 2018, FIFA 18, NBA 2K18.

EVO

Os games de luta ocuparam espaço no eSport. A sigla é uma abreviação de Evolution Championship Series, campeonato mundial de games de luta. Populares nos consoles, foram uns dos primeiros a entrarem nos esportes digitais.

Exemplos: Street Fighter, Tekken, Mortal Kombat.

FPS

First Person Shooter, também chamados de jogos de tiro. Não é difícil encontrar quem já jogou algum game do gênero. Dentro do eSport, a modalidade é uma das que mais cresce e angaria novos fãs. Os campeonatos são milionários e os investimentos altíssimos. A modalidade, assim como o MOBA, visa a estratégia para levar o time à vitória. O realismo é tão grande que, desde 2001, o Exército Americano realiza treinamento com games do tipo.

Exemplos: Counter Strike: Global Offensive, Overwatch, Rainbow Six Siege.

Battleground

A nova moda entre os games. Games de tiro, em terceira pessoa e multijogadores. Os jogos da modalidade também adentraram no mercado de eSport e o número de jogadores só aumenta. Até mesmo os mobile aproveitaram a popularidade do modelo.

Exemplos: Fortnite, PUBG, Arma 3.

2. Como o Brasil está na jogada?

Em terras brasileiras, o eSport é bastante popular. Segundo dados da Newzoo, somos o terceiro país no mundo em espectadores. 7,8 milhões de pessoas que assistem os esportes eletrônicos, pelo menos uma vez ao mês. Em números totais, são mais de 17,7 milhões de pessoas. 8,5% da população nacional.

As premiações dos campeonatos são altíssimas. O Campeonato Brasileiro de League of Legends (CBLoL), oferece R$ 200 mil totais, aos 8 melhores colocados, por turno. Já o campeonato mundial do game ultrapassou a marca de US$ 4 milhões. Nada comparado aos US$ 20 milhões (R$ 76 milhões) do The International, campeonato mundial de Defense of the Ancients (Dota). Os números mais do que provam a expressão dos eSports, no Brasil e no mundo.

3. Marcas que investem no eSport

Os esportes eletrônicos não são coisa apenas de crianças. As empresas perceberam que é um mercado lucrativo. Os investimentos são cada vez maiores nos eSports.

Coca-Cola

A maior marca de refrigerantes do planeta não perdeu tempo com os esportes eletrônicos. A submarca Coke eSports realiza patrocínios em diversos games. Em 2017, a equipe Team One recebeu investimento da marca no segundo turno do CBLoL. Smite e Vanglory também foram games apoiados pela Coca-Cola.

Vivo

Talvez um dos exemplos mais famosos aqui no Brasil. A gigante das telecomunicações adquiriu a Keyd Stars, equipe de League of Legends nacional. Além de contar com um time masculino do game, também possui uma equipe feminina de CS: GO.

Corinthians

As equipes de futebol brasileiro também perceberam a expressão que os eSports possuem. Flamengo e Santos também criaram equipes profissionais. No caso do Corinthians, além de adquirir a equipe Red Canids por um certo período, o time de futebol também trouxe o patrocínio da Nike.

Red Bulls

A marca de energéticos patrocina diversos torneios de eSports ao redor do mundo. Um deles é o Red Bulls Player One, de League of Legends, com jogadores profissionais e amadores.

Monster Energy

Concorrente da Red Bulls no mercado tradicional e nos esportes eletrônicos. A empresa é uma das patrocinadoras da Pain Gaming, equipe de League of Legends nacional e a segunda do país a participar do mundial de League of Legends.

4. Marketing Digital e eSports

Público e atletas jovens em uma modalidade esportiva inteiramente digital. A forma de se comunicar, e fortalecer a marca, não poderia ser diferente. No que diz respeito ao Marketing Digital, as equipes de eSport trabalham bastante com ele, principalmente nas redes sociais. Ainda que precise ser melhorado.

A Red Canids, equipe que pertencia ao Corinthians, é um exemplo disto. A equipe possui uma loja virtual e presença nas principais redes sociais. Através delas é feito a comunicação e fortalecimento da marca. E não seria algo a ser analisado, se uma página feita por fãs da equipe, no Facebook, não possuísse mais seguidores do que a oficial.

As equipes de eSports, em média, pouco trabalham com o Inbound Marketing. Talvez pelo game ser o que gera atração, em si. Em prática esportiva como esta, a integração entre as diversas maneiras de mídia e comunicação se faz necessária.

O que dá resultado

Se há o que criticar, também não podemos deixar de elogiar o que dá resultado. Os vídeos são a principal arma do eSport para fortalecer a marca e gerar engajamento. As transmissões de partidas em plataformas como Twitch e Azubu viram materiais para o YouTube. O backstage das gamehouse gera fidelidade e relacionamento dos espectadores com as equipes.

O jogador Felipe “Yoda” Noronha, por exemplo, possui quase um milhão de inscritos em seu canal do YouTube. Já outros youtubers como Pato Papão e S7even possuem mais de um milhão de seguidores somente na plataforma. Manter um blog, ou uma ferramenta de Email Marketing, pode não ser tão atrativo para estrelas e empresas do ramo de eSports. Mas o Marketing de Conteúdo com vídeos, alinhado à boa gestão de redes sociais, já mostrou resultado.


A transformação digital acontece em diversos segmentos. Comunicação, negócios e esportes são modificados a todo momento pelas novas tendências de mercado. Os esportes eletrônicos não são brincadeira de criança. Há investimentos pesados e de grandes marcas. É mais uma prova de que o futuro está acontecendo.

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